Agentes de IA No-Code: como aplicar na sua empresa

Profissional interagindo com elementos visuais em um painel transparente, ilustrando o conceito de desenvolvimento de agentes de IA no-code em um ambiente de trabalho colaborativo

À medida que a Inteligência Artificial (IA) assume um papel mais estratégico em diferentes setores, as empresas buscam formas de colocá-la em prática sem depender de equipes técnicas.

Diante disso, o desenvolvimento de Agentes de IA no-code tem aberto o caminho ao oferecer plataformas visuais e intuitivas que permitem que profissionais das áreas de operações, finanças e compliance criem, gerenciem e escalem Agentes de IA (Agentic AI) com total autonomia.

Neste artigo, vamos explicar como funciona o desenvolvimento de Agentes de IA no-code, para onde essa tecnologia está evoluindo e como ela pode gerar impacto real em negócios dos setores financeiro, de seguros e de bens de consumo.

O que são Agentes de IA No-Code?

O desenvolvimento de Agentes de IA sem código consiste na criação de agentes inteligentes por meio de interfaces visuais, fluxos configuráveis e formulários intuitivos, tudo isso sem escrever uma linha de código.

Plataformas de orquestração e automação de negócios, como o Pipefy, permitem que os usuários projetem, treinem e coloquem Agentes de IA em operação dentro de workflows orquestrados de ponta a ponta (end-to-end orchestration), sem a necessidade de qualquer conhecimento em programação ou código.

Esses agentes podem executar diversas funções, como:

  • Responder e-mails automaticamente
  • Direcionar solicitações de serviço para as equipes corretas
  • Consultar e validar informações
  • Acionar fluxos de trabalho com base em interações do usuário

O diferencial está justamente na sua acessibilidade. Ao eliminar a necessidade de programação tradicional, as ferramentas no-code colocam nas mãos das equipes de operações, atendimento e outras áreas de negócio o controle direto sobre as soluções de IA que apoiam as suas rotinas.

Além disso, no Pipefy, esses agentes não funcionam como componentes independentes, mas passam a ser parte do processo, seguindo regras explícitas, limites de atuação e políticas de IA definidas pela empresa, o que assegura consistência e conformidade desde a configuração inicial.

Como funcionam os Agentes de IA No-Code?

Para entender o funcionamento desses agentes, é importante observar os principais elementos que compõem o seu desenvolvimento. Esses componentes atuam em conjunto para tornar a criação e a gestão de Agentes de IA mais intuitiva e escalável:

Builders de lógica visual

Plataformas no-code geralmente oferecem fluxogramas visuais ou mapeamentos lógicos que permitem aos usuários definir o comportamento do agente usando blocos de instruções simples, como:

  • Se X for mencionado, responder com Y
  • Se faltar uma informação, solicitar Z

Esse tipo de lógica visual reduz a complexidade técnica e facilita testes e ajustes conforme os fluxos evoluem.

Configuração de comportamento

Cada agente pode ser ajustado com uma finalidade específica, um certo tom de voz e um determinado conjunto de regras. Exemplos comuns incluem:

  • “Responder perguntas sobre políticas de RH usando esta base de conhecimento”
  • “Sinalizar e escalar qualquer solicitação com dados incompletos”

Integração de dados

Ferramentas no-code mais atuais oferecem conectividade nativa com CRMs, ERPs, bancos de dados, APIs e sistemas terceiros. Isso permite que os agentes:

  • Acessem informações de clientes em tempo real
  • Verifiquem ou validem dados
  • Registrem atividades diretamente nos sistemas da empresa

Implantação e monitoramento

Uma vez configurado, o agente pode ser publicado em canais como Slack, e-mail ou portais internos. A partir disso, os times conseguem acompanhar seu desempenho, ajustar rotinas e melhorar interações, tudo sem escrever uma linha de código.

Em plataformas corporativas, como o Pipefy, todo agente já nasce governado. Isso significa que cada ação realizada segue permissões atribuídas, trilhas de auditoria e regras de exceção pré-definidas. Essa camada de controle garante que agentes autônomos operem sempre dentro de limites seguros, com possibilidade de escalonamento humano sempre que necessário.

Equipe discutindo o desenvolvimento de agentes de IA no-code em uma sala de reunião, com elementos de dados e interfaces de IA projetados no ambiente
Com fluxos visuais e configurações orientadas, plataformas no-code permitem que as equipes criem e gerenciem agentes de IA com autonomia

Por que isso importa para as lideranças de negócio

Uma das maiores vantagens estratégicas de adotar Agentes de IA no-code é a possibilidade de escalar automações sem aumentar a complexidade técnica

Conforme as empresas crescem, aumentam também as suas demandas operacionais. É por isso que depender exclusivamente da equipe de TI para desenvolver e manter soluções de IA pode gerar gargalos, especialmente quando ajustes rápidos ou atualizações frequentes são necessários.

Nesse contexto, as plataformas no-code podem mudar esse cenário ao dar mais autonomia às áreas e departamentos. Isso não só traz mais agilidade aos fluxos, como também fomenta uma cultura de experimentação e melhoria contínua.

As equipes podem começar com pequenas automações adaptadas às suas rotinas reais, testando, ajustando e expandindo, sem depender de recursos técnicos limitados.

Esse nível de flexibilidade é essencial, por exemplo, em setores como seguros e serviços financeiros, onde as regras mudam com frequência. Com Agentes de IA no-code, é possível adaptar rapidamente os fluxos a novas políticas, mantendo a conformidade e acompanhando a velocidade exigida pelo mercado.

Em segmentos onde a eficiência impacta diretamente os custos e a experiência do cliente, esse tipo de controle também é decisivo para manter a competitividade.

Não à toa, segundo um relatório da McKinsey (2023), 60% dos executivos acreditam que democratizar o desenvolvimento de IA por meio de ferramentas no-code será essencial para as suas estratégias digitais nos próximos três anos.

Essa combinação de autonomia com controle é fundamental para evitar riscos operacionais e assegurar que toda decisão automatizada permaneça alinhada às políticas internas da organização.

Leia mais: Descubra como escolher o agente de IA ideal para as operações da sua empresa

Equipe analisando dashboards e indicadores de desempenho relacionados à atuação de agentes de IA no-code e ao ROI da automação
Dashboards em tempo real oferecem uma visão clara sobre o desempenho dos agentes, ajudando times a tomar decisões mais rápidas e baseadas em dados

Principais recursos das plataformas de Agentes de IA No-Code

Ao avaliar plataformas no-code, vale observar os recursos que costumam estar presentes nas soluções mais confiáveis e dedicadas ao ambiente corporativo. Embora cada ferramenta tenha sua abordagem específica, muitas compartilham funcionalidades pensadas para garantir acessibilidade, segurança e eficiência operacional, inclusive para equipes não-técnicas.

Veja abaixo um panorama dos principais recursos oferecidos por essas plataformas:

RecursoO que faz
Builder de fluxo visualPermite criar e organizar a lógica dos agentes com blocos arrastáveis ou formulários guiados
Conectores de integraçãoFacilitam a conexão com sistemas como Salesforce e SAP por meio de integrações prontas
Configuração de prompt de IADefine como o agente deve se comportar, ajustando tom, instruções e contexto em linguagem natural
Implantação multicanalDisponibiliza agentes em canais como Slack, Microsoft Teams, portais e e-mail
Dashboards de desempenhoMostram o desempenho dos agentes com dados em tempo real sobre atividade, uso e impacto
Governança e controle de acessoPermite atribuir papéis, definir permissões e manter registros detalhados de uso


Nesse cenário, o Pipefy se destaca por combinar a gestão de fluxos com Agentes de IA em uma única plataforma no-code. A solução combina builders visuais, dashboards em tempo real, integrações nativas e governança com padrão corporativo.

Além disso, o Pipefy permite implantar Agentes de IA que atuam de forma autônoma com base em gatilhos, classificando, direcionando e executando tarefas, sempre conectados a workflows e com total visibilidade, registrando impacto mensurável em dias, não em meses.

Leia mais: Automação com Agentes de IA: confira o guia completo para transformar os processos do seu negócio

Exemplo prático: análise de sinistros no setor de seguros

Vamos supor que uma seguradora precisa lidar com centenas de solicitações de revisão de sinistros por semana. Normalmente, esse processo é feito manualmente por uma equipe de atendimento, que faz a triagem caso a caso.

Com o uso de Agentes de IA no-code, um analista da empresa poderia configurar um agente para:

  1. Receber dados enviados por meio de um formulário
  2. Verificar o status da apólice no CRM
  3. Classificar o nível de urgência com base no tipo de ocorrência
  4. Escalar sinistros médicos acima de R$ 50 mil para análise humana

Tudo isso sem escrever uma linha de código. O agente pode se integrar via API aos sistemas de apólice e sinistro, sinalizar automaticamente qualquer inconsistência e agilizar a triagem.

Além disso, como esses agentes operam dentro de workflows orquestrados, qualquer exceção crítica é automaticamente encaminhada para análise humana, garantindo que a automação seja sempre supervisionada e auditável.

O resultado em potencial: menos etapas manuais, mais velocidade e regras aplicadas de forma consistente, tudo configurado diretamente pelas equipes da operação.

Desafios no uso de Agentes de IA No-Code

Apesar dos benefícios, é importante que as empresas estejam atentas a alguns desafios que podem surgir ao desenvolver Agentes de IA no-code, como, por exemplo:

1. Dependência excessiva de templates

Modelos prontos ajudam a acelerar a configuração, mas também podem ocultar pontos críticos. É recomendado que os fluxos sejam revisados com atenção antes de serem aplicados a processos sensíveis.

2. Limitação de acesso a dados

Algumas plataformas no-code ainda enfrentam restrições para se conectar a sistemas legados ou aplicações personalizadas. Nesses casos, o apoio da equipe de TI pode continuar sendo necessário para viabilizar certas integrações.

3. Falta de alinhamento com a governança

Se os agentes forem implantados sem supervisão adequada, podem surgir riscos relacionados à segurança da informação ou compliance. O uso de permissões por perfil e fluxos de aprovação pode ajudar a garantir que os agentes sejam utilizados de forma responsável.

4. Riscos de agentes isolados sem contexto de processo

Agentes configurados fora de workflows estruturados podem tomar decisões sem considerar dependências, políticas ou validações essenciais. Conectar agentes a processos orquestrados e supervisionados é essencial para garantir controle e confiabilidade.

Tendências: o que esperar do futuro dos Agentes de IA No-Code?

À medida que Agentes de IA no-code evoluem e passam a operar em fluxos cada vez mais críticos, as tendências deixam de estar apenas relacionadas à expansão de capacidades e passam a incorporar um eixo central: segurança operacional com governança, supervisão humana e políticas de IA embutidas nos workflows.

A adoção de IA corporativa avança para um modelo em que autonomia e controle coexistem, permitindo escalar automações sem abrir mão da confiabilidade, do compliance ou da gestão de riscos.

A seguir, confira algumas das tendências mais relevantes sob essa ótica:

Integração entre IA e RPA com governança nativa

A convergência entre Agentes de IA (capazes de lidar com linguagem, decisões dinâmicas e exceções) e RPA (focado em tarefas estruturadas) continua acelerando. No entanto, o movimento mais importante não é apenas técnico.

As empresas estão buscando arquiteturas em que essa integração já venha acompanhada de:

• Regras de decisão explicitadas;
• Trilhas de auditoria completas;
• Critérios de escalonamento para humanos;
• Bloqueios automáticos quando há risco, inconsistência ou falta de dados.

Na prática, isso significa que a automação híbrida só se sustenta quando os agentes operam dentro de políticas de IA configuradas no fluxo, e não como elementos isolados.

Agentes especializados por setor, com supervisão contextual

Agentes pré-configurados por setor continuam ganhando espaço, mas agora evoluem para incluir mecanismos de supervisão contextual, como:

• Verificação automática de regras regulatórias aplicáveis ao segmento;
• Escalonamento obrigatório quando o caso envolve alto risco (ex.: crédito, fraude, saúde, sinistros complexos);
• Validações cruzadas com bases corporativas, impedindo respostas fora de política.

Isso reduz o risco de “agentes especialistas” tomarem decisões sem lastro, garantindo que a autonomia só aconteça dentro dos limites definidos pela organização.

Configuração por linguagem natural com guardrails ativos

A construção de automações via linguagem natural se torna mais acessível, mas isso só é viável em cenários corporativos quando acompanhada por:

• Validações estruturais automáticas;
• Limites explícitos de ação;
• Regras que impedem decisões irreversíveis sem aprovação humana.

Assim, mesmo quando o usuário cria um fluxo dizendo “se o cliente enviar X, faça Y”, a plataforma garante que esse Y respeita políticas internas, LGPD, controles antifraude e padrões operacionais.

Agentes autônomos, porém supervisionados

A evolução para agentes mais proativos já está em curso, principalmente com plataformas que permitem:

• Monitoramento contínuo de condições;
• Atuação baseada em eventos;
• Execução de tarefas ponta a ponta;
• Abertura de tickets, reclassificação, follow-ups e notificações automáticas.

Mas o avanço mais alinhado às principais referências do mercado não é a autonomia em si, e sim o modelo de autonomia supervisionada, no qual:

• O agente nunca age fora dos processos orquestrados;
• Há visibilidade total sobre cada ação;
• Exceções críticas sempre pedem confirmação humana;
• Todas as rotinas seguem políticas de IA incorporadas ao workflow.

Ou seja, autonomia deixa de significar “agentes soltos” e passa a significar “execução contínua, porém controlada e auditável”.

Plataformas que combinam orquestração, IA e governança em um único ambiente

O movimento mais importante do mercado é a consolidação de plataformas que unem: IA + automação + workflows + governança, eliminando ambientes paralelos e garantindo que todo agente opere dentro de processos padronizados.

No Pipefy, Agentes de IA estão totalmente conectados a workflows, com regras explícitas, supervisão, auditoria e controle de acesso, permitindo que empresas automatizem em escala sem abrir mão da segurança e da qualidade operacional.

Leitura complementar: Entenda como o Pipefy conecta Agentes de IA no-code a workflows para tornar as equipes mais eficientes

FAQ

O que é um Agente de IA no-code?
É um agente de software criado sem necessidade de codificação, usando ferramentas visuais para definir lógica e comportamento em tarefas automatizadas ou baseadas em IA.

Equipes não-técnicas conseguem criar esses agentes?
Sim. Times de finanças, RH e operações podem configurar agentes por meio de interfaces com recursos de arrastar e soltar.

Agentes no-code são seguros?
Sim. No Pipefy, a segurança é parte da arquitetura da plataforma. Cada agente opera dentro de workflows governados, com controle de acesso, trilhas de auditoria, limites de atuação e políticas de IA que evitam ações fora do escopo definido pela empresa.

Eles podem se conectar aos sistemas que já são usados?
Sim. É possível integrá-los com CRMs, ERPs e sistemas de chamados via APIs e conectores prontos.

Ainda vou precisar da equipe de TI para configurar?
Em alguns casos mais complexos, sim. Porém, para muitos usos do dia a dia, as próprias áreas de negócio conseguem atuar com autonomia.

Como o Pipefy ajuda a colocar os Agentes de IA No-Code em prática

O Pipefy atua como uma plataforma de orquestração e automação low-code/no-code, conectando Agentes de IA, workflows e sistemas críticos em um único ambiente, de forma autônoma e com menor dependência da TI.

Com o Pipefy, sua empresa pode:

  • Utilizar fluxos visuais para definir regras de processo
  • Implementar Agentes de IA que classificam, executam e escalam tarefas automaticamente
  • Integrar com bancos de dados internos e CRMs sem complexidade
  • Monitorar as ações dos agentes em tempo real
  • Controlar acessos e acompanhar atividades com segurança em nível corporativo

Diferentemente de ferramentas que criam agentes isolados, o Pipefy garante que toda automação aconteça dentro de um fluxo estruturado. Isso significa que cada agente segue regras claras, políticas corporativas, supervisão humana e visibilidade completa, assegurando impacto rápido sem abrir mão do controle operacional.

Esses recursos já estão ajudando empresas dos setores de seguros, serviços financeiros e bens de consumo a automatizar decisões, garantir diretrizes de compliance e liberar tempo das suas equipes para atividades mais estratégicas.

Mais do que uma ferramenta de gestão de processos, o Pipefy atua como um viabilizador de IA, garantindo que agentes autônomos operem de forma segura, auditável e totalmente alinhada às práticas corporativas e oferecendo autonomia e agilidade para os times. Com Agentes de IA no-code conectados a workflows, as empresas começam a ver impacto em dias, não em meses.

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