Evolução dos Agentes de IA: como a IA está ganhando raciocínio, contexto e autonomia

RESUMO DO ARTIGO

Entenda como a evolução dos Agentes de IA está redefinindo a automação inteligente com raciocínio, contexto e autonomia nas empresas.

Nos últimos dois anos, a evolução dos Agentes de Inteligência Artificial (IA) vem transformando o que entendemos por automação inteligente. O que começou como copilotos de IA — assistentes baseados em comandos — agora se transforma em agentes autônomos, capazes de raciocinar, decidir e agir dentro de fluxos corporativos complexos.

Entre 2023 e 2025, a IA generativa passou a ocupar funções reais em operações de marketing, finanças, atendimento e TI. Essa popularização abriu espaço para uma nova camada tecnológica: a Agentic AI, formada por agentes cognitivos capazes de compreender contexto e executar ações sem depender de instruções humanas a cada etapa.

Neste artigo, você vai entender como a IA evoluiu dos copilotos para agentes inteligentes e autônomos, com capacidade de raciocínio e tomada de decisão automatizada. Também verá quais tecnologias sustentam essa transformação, os desafios de governança e como o Pipefy está liderando essa nova fase com seus Agentes de IA 2.0, que unem contexto, segurança e autonomia operacional.

Da IA generativa à era dos agentes inteligentes

A primeira onda da IA generativa representou um verdadeiro divisor de águas para a produtividade individual. Modelos de linguagem e copilotos impulsionaram a criação de textos, imagens e análises com rapidez inédita. No entanto, seu alcance era limitado: faltava contexto, memória e capacidade de execução real.

A evolução dos Agentes de IA surge exatamente para preencher essas lacunas. Diferentemente de um copiloto, que responde a prompts, um agente autônomo observa o ambiente, formula objetivos, toma decisões e executa ações em tempo real. Ele combina modelos de linguagem (LLMs), conectores de API, bases de conhecimento e mecanismos de orquestração inteligente.

De acordo com um relatório da Gartner, até 2026, 40% dos aplicativos corporativos incluirão agentes específicos de tarefa — comparado a menos de 5% em 2025 —, e até 2027, metade das decisões de negócio será ampliada ou automatizada por eles.

Essa nova camada de automação não substitui os humanos: ela redistribui o esforço. Enquanto os copilotos auxiliam na execução de tarefas, os agentes inteligentes coordenam fluxos inteiros, conectando dados, ferramentas e decisões em uma malha operacional integrada.

Com Agentes de IA executando tarefas de forma autônoma no dia a dia, profissionais dedicam mais tempo a atividades de maior valor e impacto nos resultados do negócio

O que diferencia um copiloto de um agente autônomo

A diferença entre essas duas gerações de IA é estrutural. Copilotos atuam como extensões cognitivas; agentes são entidades de execução. Abaixo, apresentamos uma comparação mais detalhada:

CaracterísticaCopilotos de IAAgentes de IA
Função principalApoiar usuários com respostas e sugestõesExecutar fluxos e tomar decisões
Contexto e memóriaLimitados ao prompt atualPossuem memória contextual e aprendizado contínuo
AutonomiaReagem a comandosIniciam e completam tarefas de ponta a ponta
Integração com sistemasPontual e estáticaDinâmica, via APIs e orquestração inteligente
Nível de supervisãoDependente do usuárioParcial ou mínima, com governança embutida
Exemplo práticoGerar um relatório sob demandaAtualizar relatórios, cruzar dados e enviar insights automáticos

Essa distinção representa o que, no mercado, tem se chamado de curva agêntica: a passagem do “assistente passivo” para o executor proativo. Cada novo nível adiciona camadas de raciocínio, memória e autonomia — as bases da próxima geração de agentes cognitivos corporativos.

Leia mais: Como escolher o Agente de IA ideal para sua automação de processos

Como os Agentes de IA ganham raciocínio, contexto e autonomia

O avanço recente dos modelos de linguagem com cadeias de raciocínio (Chain-of-Thought) e memória expandida permitiu que os agentes atuassem com lógica e coerência, não apenas com probabilidade estatística. Eles raciocinam em etapas, lembram de interações anteriores e ajustam suas ações com base em feedback e contexto.

Essa evolução ocorre em quatro pilares tecnológicos:

  1. Raciocínio contextual: agentes interpretam histórico e contexto para tomar decisões adaptativas;
  2. Memória de longo prazo: armazenam informações e as reutilizam em execuções futuras;
  3. Acesso a ferramentas externas: via APIs, conectam sistemas e dados corporativos;
  4. Orquestração inteligente: coordenam fluxos complexos sem intervenção humana.

Na prática, isso cria uma camada de IA embarcada (Embedded AI) dentro da gestão de workflow, capaz de executar processos completos com rastreabilidade e lógica de negócios.

Agentes de IA utilizam modelos cognitivos e memória contextual para compreender dados e executar decisões de forma autônoma em múltiplos sistemas

Exemplo ilustrativo

Imagine, por exemplo, uma empresa de seguros que utiliza o Pipefy para processar sinistros. Um Agente de IA analisa os dados do formulário, cruza informações de compliance, calcula o risco e move o card automaticamente para a etapa de aprovação. Tudo acontece com base em políticas internas configuradas em linguagem natural.

O resultado é eficiência com autonomia, sem perder controle ou segurança, um equilíbrio essencial para a adoção responsável da IA.

Leitura complementar: 10 processos manuais que Agentes de IA podem automatizar em 15 minutos

Governança e segurança: o alicerce da autonomia

A governança de IA é o contraponto essencial à autonomia. Segundo a Gartner, mais de 40% dos projetos de agentes podem ser cancelados até 2027 por falhas de definição de escopo, segurança e governança.

As boas práticas para evitar esses riscos incluem:

  • Human-in-the-loop: supervisão humana em decisões críticas;
  • Logs de raciocínio: registro auditável das ações dos agentes;
  • Auditoria externa: verificação independente de impacto ético e legal;
  • Controle de acesso: autenticação e criptografia contra vazamentos.

Essas diretrizes sustentam a confiança e diferenciam agentes autônomos de agentes incontroláveis.

O futuro da Agentic AI: agentes multifuncionais e fluxos autônomos

Os agentes multifuncionais representam o próximo estágio da Agentic AI. Eles não apenas executam tarefas, mas também planejam, colaboram e aprendem com os seus próprios resultados.

A nova geração combina IA generativa, automação inteligente e coordenação entre múltiplos agentes, criando um ecossistema de fluxos autônomos que opera 24/7.

Entre as aplicações reais, podemos destacar:

  • Atendimento e CX: agentes com memória contextual que mantêm histórico de interações;
  • Finanças: tomada de decisão automatizada em reconciliações e auditorias;
  • Recursos Humanos: onboarding inteligente com acompanhamento por agentes cognitivos;
  • Gestão operacional: IA embarcada (Embedded AI) em workflows para ajustar fluxos em tempo real.

Esses avanços consolidam a IA como um parceiro digital de negócios, e não mais como ferramenta auxiliar.

A chegada dos Agentes de IA 2.0 do Pipefy

A nova geração dos Agentes de IA 2.0 do Pipefy representa a materialização prática dessa transformação.

Esses novos agentes são capazes de:

  • Executar até cinco comportamentos simultâneos com três ações cada;
  • Tomar decisões com base em dados, documentos e políticas internas;
  • Documentar raciocínio e ações em logs auditáveis;
  • Utilizar RAG (Retrieval-Augmented Generation) para aprimorar contexto e precisão.

Tudo isso sem código (no-code), apenas configurando fluxos em linguagem natural.

Na prática, o agente se torna um membro digital da equipe, que analisa currículos, valida contratos e move cards automaticamente. Isso reforça o papel do Pipefy como uma plataforma AI Enabler, que une no-code, automação e governança em uma orquestração inteligente e segura.

Quer conhecer mais sobre as capacidades e habilidades desses novos agentes? Preparamos um material exclusivo sobre o tema: “IA Generativa e a evolução dos Agentes de IA: como fazer os resultados aparecerem nas empresas”.

Neste material, aprofundamos a evolução dos Agentes de IA, detalhando a transição da automação reativa para a automação cognitiva e mostrando como líderes de operações podem aplicar a Agentic AI para transformar fluxos críticos em processos autônomos com o Pipefy:

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