Experiência do Colaborador: Como Priorizar e Melhorar o Ambiente de Trabalho

A imagem mostra uma mulher branca, com trajes profissionais (blusa branca e terninho), sentada diante de duas outras mulheres que parecem executivas, e estão de costas para a foto

A experiência do colaborador (ou Employee Experience no inglês) emergiu como um fator decisivo para atrair e reter talentos e impulsionar a produtividade. Em um ambiente empresarial dinâmico e competitivo, em que a força de trabalho vem mudando de perfil geracional, cuidar dessa experiência pode determinar o sucesso ou o fracasso da empresa.

A gestão do capital humano vista apenas como administração de burocracias trabalhistas, contábeis e tributárias ficou para trás. Empresas com programas de jornada positiva do colaborador conquistam mais talentos e contribuem para a sua própria saúde financeira – já que o recrutamento sucessivo por causa de um de alto turnover custa caro.

Neste artigo, exploraremos a importância estratégica da experiência do colaborador dentro do setor de RH, mostrando casos de sucesso e boas práticas que podem melhorar essa experiência e elevar o engajamento dos funcionários.

O que é experiência do colaborador (Employee Experience – EX)?

A experiência do colaborador engloba toda a jornada do colaborador na empresa, desde o processo de recrutamento e onboarding até o término do vínculo empregatício. Ela é moldada por diversos fatores: o ambiente de trabalho, as oportunidades de crescimento profissional, a comunicação transparente com lideranças e a valorização pessoal. 

Por conta disso, a employee experience passou a ser uma tendência para construção de um ambiente de trabalho saudável e produtivo, afetando diretamente a retenção de talentos, a eficiência organizacional e a reputação da marca empregadora.

A importância de investir na experiência do colaborador

Investir na experiência do colaborador não é apenas uma tendência, mas uma estratégia inteligente para as organizações que buscam aumentar receita, seja recorrente ou total. 

Esta conclusão é prática. De acordo com um estudo da Salesforce chamado The Value of Employee Experience, Quantified, colaboradores que mantêm interação direta com clientes – e atuam nos times de Marketing, Atendimento, Vendas, Produto etc – performam melhor e vendem mais quando vivenciam uma experiência positiva dentro da empresa.

Isso significa que programas efetivos de employee experience resultam em colaboradores mais engajados, motivados e satisfeitos. Por sua vez, isso impacta na produtividade e na qualidade do trabalho entregue.

Impacto da employee experience (EX) na produtividade e no desempenho

Olhar para a experiência do colaborador, no entanto, vai muito além do viés financeiro, trazendo diversos benefícios para a empresa e para os próprios profissionais. Empresas que criam programas de engajamento de colaboradores promovem mais criatividade, colaboração e estimulam que seus setores sejam inovadores. 

São características importantes para que talentos se sintam mais à vontade para propor projetos diferentes, dar feedbacks mais completos e promover um ambiente de trabalho mais sustentável, já que a preocupação com o burnout é realidade no mercado. 

Conforme o portal Glassdoor mostra no estudo What Makes or Breaks Employee Satisfaction Remains Intact, manter os colaboradores felizes ainda é um bom jeito de reter talentos. De acordo com a pesquisa, eles procuram por empresas que investem em: 

  • Qualidade da senioridade da liderança;
  • Acesso a oportunidades de crescimento de carreira dentro da empresa;
  • Cultura e valores da empresa.   

Para o RH o desafio é oferecer um equilíbrio entre desafios estimulantes e apoio adequado, juntamente com a promoção de um clima de respeito e inclusão.

Como medir a experiência do colaborador

Na busca contínua por um bom ambiente de trabalho, o setor de Recursos Humanos possui a tarefa de avaliar a vivência dos colaboradores, entendendo métricas de satisfação, benefícios, avaliações de desempenho e mais.

Por meio dos indicadores de RH, pode ser estabelecido um diálogo próximo com gestores, entendendo os problemas, ações acertadas e detalhes sobre a situação de engajamento dos colaboradores.

Esses insights valiosos não apenas orientam os esforços da equipe de RH, mas também fortalecem o compromisso da organização em criar um ambiente que favoreça o bem-estar e o desempenho de cada um.

Principais métricas e indicadores

Em um mundo em que a tecnologia está presente em todos os níveis da sociedade, no RH há métricas e indicadores significativos para medir a employee experience a partir de ferramentas tecnológicas. Os principais deles, que ajudam a ter visão da estratégia, são:

  • Taxa de Rotatividade: Entender a frequência com que os colaboradores deixam a empresa oferece insights sobre a atratividade do ambiente de trabalho.
  • Engajamento: Através de pesquisas regulares de engajamento, é possível capturar o nível de comprometimento e motivação dos colaboradores.
  • Satisfação: Avaliar a satisfação dos colaboradores por meio de pesquisas de clima organizacional ou eNPS ajuda a identificar pontos de melhoria.
  • Desempenho Individual: Observar o desempenho dos colaboradores ao longo do tempo é um indicador poderoso do impacto da experiência na produtividade, entendendo fatores como estagnação na carreira, desmotivação e estresse.
  • Cultura do Feedback: Analisar os feedbacks dos colaboradores, inclusive em entrevistas de desligamento, revela percepções sobre a cultura e as políticas da empresa.

Essas métricas e indicadores trabalham em conjunto para fornecer uma visão completa da experiência do colaborador, permitindo ajustar estratégias quando necessário e aprimorar continuamente a jornada do colaborador.

Como implementar uma cultura voltada para a experiência do colaborador

Desenvolver uma cultura organizacional que prioriza a experiência do colaborador não é tão simples assim. É preciso planejamento e muita conversa, além de algumas etapas importantes para se levar em consideração. 

Por exemplo, é preciso ter abordagens certeiras para criar um ambiente onde a empatia, a inclusão e o desenvolvimento sejam fortalecidos. Assim, os ganhos da experiência do colaborador serão mais concretos. 

E ainda há questões como estabelecer uma liderança participativa, incentivar a diversidade em toda a organização, promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e investir em programas de bem-estar e de qualificação. 

Separamos 6 dicas indispensáveis para criar uma cultura voltada para a melhoria da experiência do colaborador. 

Liderança participativa e empática

Uma liderança participativa e empática é a base para uma experiência positiva. Líderes que ouvem atentamente, apoiam o desenvolvimento e valorizam as contribuições dos colaboradores criam um ambiente de confiança e respeito mútuo.

De acordo com o artigo da Massachusetts Technology Institute Sloan, há 6 maneiras dos líderes se adaptarem a essa nova realidade do ambiente de trabalho. São elas:

  • Abraçar a diversidade e inclusão na liderança;
  • Criar um ambiente colaborativo para as equipes;
  • Ter curiosidade sobre coisas que ainda não se sabe – e abertura para o diálogo;
  • Evitar o viés de confirmação para não prejudicar o crescimento dos colaboradores;
  • Fomentar o respeito para construir conexões;
  • Potencializar o aprendizado e a liderança nas equipes.

Fomentando um ambiente inclusivo e diverso

A promoção da diversidade e inclusão contribui diretamente para uma employee experience enriquecedora, sendo impactante na cultura organizacional. Empresas só saem ganhando quando há pessoas com vivências e mentalidades diferentes debatendo em torno de um objetivo em comum: o resultado costuma ser mais inovação. 

Valorizar as diferentes perspectivas e proporcionar igualdade de oportunidades fortalece o sentimento de pertencimento e respeito – além de ser um dos pré-requisitos para um RH do futuro, conectado com as tendências mais novas no mercado de trabalho.

Estímulo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Em uma realidade em que a força de trabalho é um fator crucial para a sobrevivência de organizações e para o dia a dia de famílias e pessoas, um RH preocupado com equilíbrio entre vida pessoal e profissional é diferenciado.

É importante que as empresas demonstrem preocupação genuína com o bem-estar de seus colaboradores, para não gerar avaliações de ex-colaboradores, por exemplo, ou minar a cultura organizacional da empresa.

Nesse sentido, é preciso ter cuidado com essa estratégia, que pode influenciar diretamente no employer branding. Imagine uma empresa que diz incentivar políticas flexíveis, como trabalho remoto e horários alternativos, mas obriga todos os colaboradores a comparecer ao trabalho em formato presencial?

Implementando programas de bem-estar e qualidade de vida

Programas de bem-estar, como atividades físicas, saúde mental e assistência médica, demonstram um compromisso real com a satisfação  dos colaboradores. São atividades que refletem diretamente no desempenho deles. 

Há ainda formas de a empresa conscientizar sobre temas específicos relativos à qualidade de vida, como as campanhas do Outubro Rosa, Setembro Amarelo e Novembro Azul, entre outras, convidando profissionais especializados para trazer informações aos colaboradores.

Incentivando a inovação e o intraempreendedorismo

Promover uma cultura que estimula a inovação e o intraempreendedorismo dá aos colaboradores a oportunidade de contribuir com ideias criativas, fortalecendo seu senso de realização e engajamento.

O intraempreendedorismo, como o próprio nome já diz, é o empreendedorismo interno, individual de cada colaborador. Incentivá-lo no ambiente de trabalho, implementando processos sólidos, permite que a equipe tenha autonomia para testar novas ideias e se desenvolver naturalmente.

Promovendo eventos e atividades de integração

Eventos de integração e atividades sociais fortalecem os laços entre os colaboradores, criando um ambiente de trabalho mais descontraído e amigável, o que contribui positivamente para a experiência do colaborador. 

Vale lembrar que essa integração não deve acontecer apenas em momentos comemorativos ou marcos de chegada, como o onboarding de novos talentos. 

Promover eventos internos com frequência definida possibilita o aumento de conexões entre equipes diferentes. São momentos em que falar de trabalho não é prioritário, tornando as coisas mais leves e motivando o entrosamento e a colaboração entre os profissionais. 

Exemplos de empresas que priorizam a experiência do colaborador

Algumas empresas têm destaque quando o assunto é experiência do colaborador, servindo como inspiração para a implementação bem-sucedida de práticas que centradas nas pessoas:

  • Google: Reconhecida mundialmente por sua cultura inovadora e ambiente de trabalho flexível, o Google investe em benefícios como espaços de lazer, atividades de desenvolvimento e políticas inclusivas.
  • Salesforce: A empresa costuma oferecer oportunidades de aprendizado contínuo, encorajando a autenticidade e a participação dos colaboradores em decisões importantes.
  • HubSpot: Com foco em cultura e valores fortes, a HubSpot oferece flexibilidade de horário, benefícios focados em bem-estar e incentiva um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.
  • Adobe: Além de programas de desenvolvimento profissional, a Adobe é famosa por implementar muito bem a inclusão e diversidade em suas equipes, fornecendo recursos, suporte e boa estrutura para desenvolvimento de pessoas.
  • Airbnb: A empresa foca na criação de uma comunidade interna enriquecedora, promovendo ações efetivas de integração  e reconhecimento de colaboradores para reforçar um ambiente colaborativo. Entre os benefícios está até um estímulo financeiro para que os próprios colaboradores possam se hospedar em habitações cadastradas na plataforma. 

Como ter uma boa gestão da experiência do colaborador

Diante do cenário desafiador da manutenção de talentos, a experiência do colaborador pode ser considerada um diferencial para uma empresa. No entanto, gerir os projetos que envolvam o tema requer processos bem estabelecidos.

Uma forma eficiente de se comunicar melhor com os colaboradores – por exemplo, atender suas necessidades com mais precisão e coletar dados e métricas importantes para a empresa – é apostar em um software de automação. Mas não em qualquer plataforma. 

Pipefy é uma plataforma fácil de usar, que não requer qualquer conhecimento de programação. Em uma interface que qualquer um aprende a usar intuitivamente, você consegue não só automatizar tarefas repetitivas – como mandar emails aos funcionários com o status de suas solicitações ou fazer triagem de pedidos –, como centralizar canais de recebimento de demandas e conectar diferentes processos de RH. 

Na plataforma, você consegue construir formulários personalizados para coletar informações de colaboradores com mais agilidade e menos erros, além de disponibilizar esses formulários de forma organizada em portais.

Para melhorar a experiência do colaborador, é preciso organizar e conectar processos, além de otimizás-los de forma permanente sem perder tempo com ferramentas complicadas. A melhor maneira de fazer isso é com Pipefy – você pode começar com templates já prontos, e gratuitos.

Pode também montar bases de dados customizáveis e extrair métricas e insights de alto nível sobre seus processos em segundos – é só pedir no chat para a Inteligência Artificial do Pipefy (Pipefy AI). A IA também ajuda equipes de RH a criar processos sem perder tempo: basta descrever o que você precisa para o bot. 

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