Gerenciamento de riscos: o que é, importância e como fazer

3 pessoas preocupadas olhando para um notebook

O gerenciamento de riscos é um conjunto de etapas que ajudam empresas a identificar, mensurar e controlar ameaças ao seu funcionamento e sucesso. Um gerenciamento falho pode trazer consequências graves, como atrasos, prejuízos financeiros e até a falência.

A boa notícia é que existem ferramentas para ajudar nesse gerenciamento. Processos podem ser estruturados e fluxos de trabalho podem ser otimizados para serem mais eficazes, ágeis e adaptáveis. Ter a ferramenta certa faz toda a diferença para que empresas antecipem riscos – e não sejam pegas desprevenidas.

Nesse artigo vamos explicar mais sobre o que é o gerenciamento de riscos, porque ele é importante, como aplicá-lo na sua empresa, além de trazer exemplos e mostrar como a tecnologia pode ser uma aliada na mitigação de ameaças.

O que é gerenciamento de riscos?

O gerenciamento de riscos em uma empresa é um processo estratégico de planejamento e avaliação que visa identificar, analisar, mensurar, mitigar e controlar ameaças ao negócio. Seu principal objetivo é prever situações que possam afetar o funcionamento da empresa e elaborar medidas para contornar essas situações.  

A gestão de riscos contém etapas bem definidas que permitem um controle interno mais efetivo para tomada de decisões assertivas. Ou seja, independente do tamanho ou setor de uma empresa, para que ela tenha sucesso, é preciso fazer uma boa gestão de riscos.

Alguns riscos são bem conhecidos, mas outros podem estar ocultos, tornando-se visíveis apenas quando uma crise surge. É importante ter uma estratégia operacional elaborada para identificação de eventos potenciais que afetam a organização. Assim, é possível administrar os riscos e minimizar suas consequências.

A ISO 31000 recomenda que o processo de gestão de riscos seja integrado na estrutura, operações e processos da organização, e que seja parte integrante da gestão do negócio e da tomada de decisão, podendo ser aplicado nos níveis estratégico, operacional, de programas e de projetos. Recomenda também que a natureza dinâmica e variável do comportamento humano seja considerada ao longo de todo o gerenciamento de riscos.

Qual é a relação entre gestão de riscos e compliance?

Tanto a gestão de riscos quanto o compliance auxiliam na prevenção de ameaças à estrutura e aos ativos de uma empresa. Essas abordagens são complementares e cada uma possui características específicas.

A gestão de riscos representa uma série de processos e atividades específicas com o objetivo de prever e corrigir incidentes, evitando falhas que comprometam a organização — além de gerar valor para a empresa.

Compliance é uma metodologia de cumprimento às legislações vigentes. Ele se relaciona a uma série de mecanismos de controle com a função de garantir que os processos sejam realizados de acordo com os requisitos jurídicos e valores éticos ligados à missão da empresa.

A união entre a gestão de riscos e compliance possibilita a efetivação de ações práticas para a redução de riscos e falhas. Isso ocorre devido à cultura de segurança, controle, monitoramento e avaliação que trazem para a empresa.

Por que a gestão de riscos é importante?

A gestão de riscos é importante para que a empresa esteja preparada para imprevistos e tenha formas de contorná-los, minimizando impactos negativos. Isso traz benefícios como maior fluxo de caixa e adaptabilidade por parte da organização.

Um bom gerenciamento de riscos auxilia no atingimento de metas e objetivos ao retirar obstáculos antes que eles se tornem muito prejudiciais para a empresa. Ou, caso o obstáculo não tenha como ser tirado (uma guerra que afetou o preço do petróleo, por exemplo), que suas repercussões sejam reduzidas.

Tipos de riscos

Existem riscos de diferentes naturezas, que variam de acordo com o mercado em que a empresa está inserida, além de porte e regulamentações.

Os principais tipos de riscos são:

  • Sazonais: variação na demanda de um produto ou serviço em determinados períodos do ano.
  • Econômicos: mudanças na economia do país ou do mundo, como flutuações cambiais.
  • Ambientais: riscos físicos, químicos, biológicos, riscos de acidentes e riscos ergométricos.
  • Mudanças nas taxas de juros: alterações em taxas com a SELIC, que podem aumentar custos das empresas.
  • Regulamentações governamentais: regras que podem ser alteradas pelo governo (influência do setor que a empresa está inserida).
  • Legais: falta de conformidade com regras e legislações vigentes.
  • Operacionais: ameaças ao funcionamento operacional de uma empresa, como falta de insumos.

Quando deve ser aplicado?

Enfrentar ameaças faz parte da vida diária de todos os empreendedores. Por isso, o gerenciamento de riscos é um ciclo contínuo que deve ser aplicado em todas as decisões da organização.

Processo de gerenciamento de riscos

O processo de gerenciamento de riscos possui etapas bem definidas. Para controlar as ameaças ao seu negócio, siga os seguintes passos:

Defina quais os principais riscos que devem ser evitados

Para começar, você deve fazer uma definição dos principais riscos que sua empresa está sujeita. Isso vai depender principalmente do setor em que ela está inserida e qual serviço ela presta (ou produto que disponibiliza).

Você pode elaborar, resumidamente, uma estrutura com seus objetivos e que contemple as categorias de riscos a que a organização está exposta.

Identifique e analise os riscos

Nessa etapa, responda as perguntas:

  • O que pode acontecer?
  • Quando pode acontecer?
  • Como aconteceria?
  • Como isso afetaria a organização?
  • O que é possível ser feito para minimizar esses impactos?

Todos os colaboradores envolvidos na operação devem participar da identificação dos riscos. Depois de identificados, o próximo passo é analisar a gravidade e importância de cada um. Essa análise pode ser feita com a Matriz GUT, falaremos dela abaixo.

Trate-os com as medidas necessárias

Após identificar e definir as ameaças mais graves, é hora de implementar um plano de ação. Esse plano deve conter as medidas prioritárias a serem tomadas para que o risco seja minimizado e controlado. 

Monitore e controle

A gestão de riscos é um processo ininterrupto que se adapta e muda ao longo do tempo. Por isso, a etapa de monitoramento e controle deve ser contínua em toda empresa. Essa etapa consiste no acompanhamento das ações tomadas para neutralizar o risco.

Com esse controle, é possível analisar os reais impactos das ações e identificar quais foram eficazes. Use KPIs para fazer uma metrificação ainda mais precisa. 

Exemplo de gerenciamento de riscos

  • Financeiro: riscos relacionados às finanças são os que afetam diretamente o caixa da empresa, como o investimento em uma nova tecnologia ou a aquisição de um novo negócio. Para gerenciar esses riscos, é importante sempre ter um fluxo de caixa saudável e fazer um estudo minucioso antes que qualquer investimento.
  • Riscos em Compras: o departamento de Compras traz riscos como gastos excessivos, fraude, faturas inflacionadas, custos desregulados e descumprimento da política de compras. Para a gestão dessas ameaças, é importante contar com um software de compras que traga visibilidade e padronização aos processos.
  • Risco de Segurança: o gerenciamento de riscos de segurança envolve uma análise de compliance para garantir que o negócio está de acordo com as legislações e regulações vigentes.
  • Risco de decisões estratégicas: a gestão de riscos deve atuar em cima das modificações que podem ser realizadas em uma organização. Por meio dessa ação, os empreendimentos conseguem antecipar problemas e avaliar se algumas transformações realmente valem a pena.

Ferramentas que podem ajudar na gestão de riscos

Com certeza você já entendeu que a gestão de riscos é muito importante para sua empresa. A boa notícia é que existem algumas ferramentas que podem te ajudar a fazê-la de forma simples e eficaz.

PFMEA

PFMEA é uma sigla que significa Análise de Modo e Efeitos de Falha. Essa é uma metodologia para uma identificação rápida da relação de causa-efeito entre uma falha e suas possíveis consequências.

O PFMEA trabalha com três indicadores numéricos:

  • Severidade: indica quanto o problema compromete a funcionalidade, a integridade do produto e as pessoas ao redor;
  • Ocorrência: estabelece a frequência em que a falha tende a ocorrer;
  • Detecção: mostra quão fácil e rapidamente um problema é percebido.

Matriz GUT

A Matriz GUT define qual deve ser o primeiro risco a ser tratado e controlado. Ela considera três critérios para a classificação de importância: Gravidade, Urgência e Tendência. Cada risco deve ser classificado com uma nota (de 1 a 5, sendo 5 o mais imediato).

Entenda:

  • Gravidade: 1 ponto se a necessidade for nada grave, 2 pontos para pouco grave, 3 para grave, 4 para muito grave e 5 para extremamente grave;
  • Urgência: 1 ponto se a necessidade pode esperar, 2 se for pouco urgente, 3 para urgente, 4 para muito urgente e 5 para extremamente urgente;
  • Tendência: 1 ponto se a necessidade tende a manter sua estabilidade, 2 se ela vai piorar a longo prazo, 3 se tende a piorar a médio prazo, 4 para piora a curto prazo e 5 para piora imediata. 

A priorização de acordo com a Matriz GUT é obtida a partir da multiplicação dos resultados definidos. A pontuação mínima que um problema pode ter é 1. Nesse caso, ele deve ser o último da sua lista a ser resolvido. Por outro lado, a pontuação máxima é 125, e indicaria um problema que deve ser prioridade absoluta na empresa.

Veja alguns exemplos:

ProblemaGravidadeUrgênciaTendênciaTotal
Falta de verba para os objetivos de vendas44348
Gargalos no funil de marketing33327
ROI de conversões insatisfatório54480
Falta de engajamento profissional2228
Infraestrutura inadequada35575

What If

A análise What If (traduzido para “e se?”) é um método de brainstorming de perguntas estruturado para determinar o que pode dar errado além de procurar determinar a probabilidade e consequências caso acidentes ocorram.

Como o Pipefy pode te ajudar a gerenciar riscos?

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