No-code vs. low-code: uma comparação

Desde o início da crise mundial resultante da COVID-19, o número de executivos citando plataformas no-code e low-code como um importante investimento em automação quase triplicou. De acordo com relatório da KPMG, 100% dos entrevistados que implementaram uma ferramenta para desenvolvimento low-code tiveram retorno sobre esse investimento.

Plataformas low-code e no-code podem se tornar ferramentas essenciais para empresas em busca de melhorar sua produtividade, reduzir custos e aumentar a satisfação de colaboradores e clientes. Aqui você encontra tudo o que precisa saber sobre essas plataformas.

O que é no-code?

As plataformas no-code possibilitam que profissionais não-técnicos e sem conhecimento em programação — também chamados “citizen developers” — possam criar aplicações e automatizar processos e workflows para facilitar seu trabalho. São ferramentas visuais e fáceis de usar, que permitem rapidez nessa criação, sem deixar de cumprir com os padrões e políticas de segurança de TI.

O que é low-code?

Já as ferramentas low-code foram criadas para ajudar desenvolvedores experientes a construir ou integrar aplicativos com rapidez, minimizando a necessidade de programar manualmente.

No-code vs. low-code

Ferramentas no-code não exigem de seus usuários nenhuma experiência em programação para que possam ser aproveitadas. Por outro lado, ferramentas low-code necessitam de conhecimento técnico para serem utilizadas e, por isso, são indicadas para desenvolvedores profissionais.

Plataformas no-code & low-code – como elas funcionam?

As plataformas no-code dispõem de um ambiente visual para o desenvolvimento de aplicações, geralmente com a facilidade de arrastar e soltar. Essas ferramentas ajudam “citizen developers” a projetar e montar aplicativos ou workflows sem que precisem entender como as coisas funcionam tecnicamente.

Com os templates que normalmente são oferecidos nessas plataformas, as bibliotecas de elementos e a facilidade para personalização de interfaces, os usuários podem automatizar tarefas ou fluxos de trabalho, criar aplicativos, integrar sistemas e automatizar o gerenciamento de seus processos.

Com as ferramentas low-code, desenvolvedores experientes podem construir e testar aplicativos complexos com rapidez, usando instrumentos visuais e links automatizados para sistemas back-end, bancos de dados, serviços web ou APIs.

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A evolução do no-code/low-code

As plataformas no-code e low-code evoluíram a partir de ferramentas como Excel, Lotus Notes e Microsoft Access. Elas são ferramentas de desenvolvimento rápido de aplicativos ou RAD — do inglês, Rapid Application Development. Mais tarde, WordPress, Squarespace e Wix facilitaram o desenvolvimento de sites, com a possibilidade de criá-los sem a necessidade de programar.

Analistas da Forrester cunharam o termo “low-code” em 2014. De acordo com eles, “as plataformas low-code permitem uma rápida entrega de aplicações para negócios usando o mínimo de codificação manual e de investimento inicial em configuração, treinamento e implementação”. Clay Richardson, um dos co-autores do relatório, afirma que o termo é proveniente de pesquisas sobre produtividade, fluxos de trabalho e plataformas para mudanças em processos.

No-code vs. low-code: uma comparação

No-CodeLow-Code
UsuáriosExecutivos e profissionais não-técnicos; “citizen developers”Desenvolvedores profissionais ou equipes de desenvolvimento mistas, compostas de profissionais não-técnicos e analistas de TI
Casos de UsoRH: automação do processo de onboarding de novos colaboradores
Financeiro: criação de um workflow para o processo de compras
Customer Service: automação do processo de onboarding de clientes
Marketing: automação das solicitações de marketing
TI: gerenciamento de solicitações de trabalho remoto
Criação de integrações e interfaces de usuário que se conectam a sistemas complexos de back-end
Painéis analíticos para softwares de CRM e ERPs
Modernização de aplicativos legados que possam precisar de mais segurança ou de uma versão para celular
Benefícios
Facilidade de usar: os aplicativos são criados com rapidez, sem o envolvimento de TI, e templates eliminam ou reduzem a necessidade de testes
Flexibilidade: é fácil implementar mudanças em aplicações ou workflows
Custo-benefício: as soluções no-code permitem que desenvolvedores altamente qualificados se concentrem em projetos mais complexos
Velocidade e produtividade: as equipes de TI ficam mais produtivas com a simplificação do processo de desenvolvimento de aplicativos
Colaboração: incentiva a cooperação entre unidades de negócio, diferentes departamentos e desenvolvedores
DesafiosShadow IT ou TI invisível: ferramentas não sancionadas pelo administrador dos recursos de TI podem acarretar problemas de segurança
As opções de personalização variam bastante de plataforma para plataforma
Otimização de código reduzida devido a bases de código maiores do que o necessário para alguns aplicativos
O aprisionamento tecnológico (também conhecido como “vendor lock-in”) pode resultar em um código difícil de ser mantido fora da plataforma
ExemplosClaris
Quickbase
Pipefy
Quixy
Appian
Salesforce
Unqork
WaveMaker

Quando usar plataformas no-code?

Em geral, os softwares no-code são ideais para a criação e implementação de aplicativos que precisam ser modificados com frequência, por causa de atualizações frequentes e/ou mudanças nos casos de uso. 

Aqui você encontra alguns exemplos, que demonstram seu alto valor para vários processos críticos em uma empresa, de como usar o no-code:

  • RH: Departamentos de Recursos Humanos podem usar softwares no-code para automatizar o processo de contratação e garantir que colaboradores, novos contratados, candidatos e clientes internos tenham uma experiência excelente.
  • Financeiro: Profissionais de departamentos financeiros podem usar uma plataforma no-code para construir um fluxo de trabalho para o processo de compras, usando integrações personalizadas para criar um fluxo de informações à prova de erros.
  • Customer success: Equipes de sucesso do cliente podem aproveitar softwares no-code para o onboarding de clientes e para, em grande escala, proporcionar uma ótima experiência a cada um deles.
  • TI: Os departamentos de Tecnologia da Informação têm a oportunidade de usar plataformas no-code para controlar os chamados de TI, coletar informações de forma padronizada e conectar seu service desk a sistemas legados.

Quando usar ferramentas low-code?

Em geral, as ferramentas low-code são ideais para aplicativos complexos ou aplicações que sejam vitais para uma empresa. Aqui temos alguns casos de uso para low-code, que podem ajudar desenvolvedores em praticamente qualquer setor:

  • Design de interface do usuário (UI): Soluções low-code produzem código de interface que pode ser integrado a outras aplicações. Esse código também pode ser facilmente customizado.
  • Integração de plataformas: Ferramentas low-code podem integrar aplicativos com menos (mas não zero) codificação e ajudar no gerenciamento de configurações personalizadas.
  • Geração de APIs: Geradores low-code automaticamente criam APIs com base no código existente.

Por outro lado, o desenvolvimento no-code ou low-code não é o caminho ideal em algumas situações:

  • Aplicativos de alto desempenho: É mais fácil atingir metas de desempenho rígidas codificando um aplicativo do zero. O código gerado automaticamente a partir de uma ferramenta low-code pode não ser otimizado e ter um bom desempenho.
  • Acessibilidade: O low-code pode não atender a requisitos de acessibilidade, em oposição a aplicativos desenvolvidos especificamente para funcionar com leitores de tela, entrada de voz e outras tecnologias de assistência.
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Fornecedores de soluções no-code

Em análise realizada em março de 2021, a Forrester avaliou mais de 40 fornecedores em relação à receita e principais usuários. De acordo com o relatório, “a necessidade de softwares rápidos e adaptáveis nunca foi maior do que no contexto da COVID-19”.

A Forrester segmentou os softwares como grandes, médios ou pequenos com base na receita anual das empresas que os ofertam. Além disso, as plataformas foram categorizadas como “low-code para desenvolvedores não técnicos”, o que estamos chamando de no-code ou “low-code para desenvolvedores profissionais”, o que estamos chamando de low-code.

Os fornecedores a seguir são representantes do “low-code para desenvolvedores não técnicos”, ou seja, plataformas no-code.

  • Betty Blocks é uma plataforma corporativa para “citizen developers” e foi reconhecida como “visionária” pela Gartner em 2020.
  • Zoho oferece o software Zoho Creator, uma ferramenta para acelerar o desenvolvimento de aplicativos.
  • Quixy fornece soluções prontas para uso de CRM, gestão de projetos e gerenciamento de incidentes.

Fornecedores de soluções de low-code

No mesmo relatório da Forrester, os seguintes fornecedores representam a categoria low-code para desenvolvedores profissionais:

  • Appian ajuda empresas a criarem aplicativos e workflows por meio de uma ferramenta de automação low-code. Os principais recursos incluem gestão de casos, desenvolvimento de aplicativos em três etapas e integração de aplicativos.
  • Salesforce é líder mundial em tecnologia para CRM. A plataforma do Salesforce oferece recursos para desenvolvimento low-code e no-code.
  • WaveMaker é uma ferramenta low-code poderosa, que acelera o desenvolvimento de aplicativos e os esforços de modernização de TI.

O futuro do desenvolvimento low-code e no-code

Ferramentas low-code e no-code serão cruciais no futuro da TI nos próximos anos. A consultoria Gartner estima que o mercado global de desenvolvimento no-code/low-code vai valer US $13,8 bilhões até o final de 2021, um aumento de 22,6% em relação a 2020.

Enquanto isso, a KPMG intitulou as ferramentas low-code de “estrutura unificadora” para o ambiente digital de hoje — e sugeriu que elas podem ser “a chave para acelerar a modernização, a agilidade e a eficiência das empresas”. Muitos profissionais concordaram: 43% dos executivos entrevistados esperam aumentar os gastos com automação de processos nos próximos 12 meses.

Já a Forrester ponderou: “As plataformas low-code tiveram bons resultados até mesmo nos casos mais críticos e serão necessárias, junto com o desenvolvimento tradicional, para dar suporte ao novo normal”.

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