O que é ciclo BPM e para que servem suas 6 etapas?

Um gripo de cinco mulheres está em uma mesa diante de um laptop, uma delas toca no teclado do laptop enquanto outra toma notas

Processos são pilares centrais de qualquer empresa. Compreendê-los, avaliá-los e otimizá-los – em outras palavras, gerenciar esses processos – é fundamental para impulsionar o sucesso dos negócios. Nesse contexto, o ciclo BPM é uma ferramenta poderosa.

O ciclo BPM é uma parte do Business Process Management – BPM (em português, Gerenciamento de Processos de Negócios) e consiste em 6 etapas que devem ser feitas de forma intermitente para garantir que os processos de uma empresa funcionem sempre da forma mais eficiente possível.

O que é ciclo BPM?

O ciclo BPM é uma metodologia usada para tornar os processos de uma empresa mais eficientes, melhorando o cumprimento de metas e objetivos estratégicos do negócio. Ele é realizado por meio de 6 etapas que devem ser feitas de maneira contínua.

Segundo o professor Marlon Dumas, autor do livro Fundamentals of Business Process Management, o ciclo de vida BPM deve iniciar na identificação do processo atual, seguir para o planejamento de como o processo deve ser e continuar até a execução e monitoramento das mudanças. Veja como o estudioso define o tema na imagem abaixo:

O foco principal do ciclo BPM é estruturar, monitorar, padronizar, automatizar e otimizar os processos para alcançar os objetivos mais rapidamente e escalar os resultados da empresa.  A metodologia ajuda ainda a identificar gargalos nos processos e criar estratégias para eliminá-los. 

As 6 fases do ciclo BPM 

De acordo com o CBOK – Guia para Gerenciamento de Processos de Negócios, da ABPMP (Association of Business Process Management), o ciclo BPM é dividido em 6 fases: planejamento, modelagem, simulação, execução, monitoramento e melhoria. 

Essas etapas devem ocorrer de maneira constante e cíclica para que os processos estejam sempre operando da melhor forma possível e de acordo com a estratégia da empresa. Entenda mais sobre cada fase:

1. Planejamento

Como qualquer projeto corporativo, a primeira etapa do ciclo BPM é o planejamento. Ele define qual é o objetivo do BPM, identifica quais processos precisam ser melhorados, como essas melhorias serão feitas, quais recursos serão necessários e como o sucesso será medido. Tenha em mente que o planejamento oferece o direcionamento para a gestão dos processos.

2. Modelagem

Depois de planejar e entender o que precisa ser feito, o próximo passo é fazer a modelagem dos processos para atender às necessidades identificadas. Isso significa entender o contexto atual da empresa e desenhar como os processos devem ser feitos daqui para frente. 

A modelagem de processos de negócio permite construir uma representação de como os processos individuais se encaixam. Você pode mapear a forma como os processos interagem uns com os outros, identificar recursos importantes para vários processos e assim por diante.

Não espere perfeição ou acertar tudo logo na primeira vez. É normal que a modelagem passe por diversos reajustes ao longo do tempo, uma vez que novos problemas e necessidades vão sendo encontrados. 

3. Simulação

Apesar de não ser uma etapa obrigatória, a simulação traz muitos benefícios para o ciclo BPM, principalmente ao diminuir erros. A simulação consiste essencialmente em  desenhar e testar os processos otimizados para identificar o que vai ou não funcionar como previsto. É neste momento que perguntas, como: “o quê, quando, onde, quem e como”, referentes à execução, cronograma, localização, responsáveis e método, são respondidas.

4. Execução

Processos planejados, modelados e simulados, agora é hora de executar o plano de ação. Também é comum surgirem pequenos ajustes nessa etapa. 

Na fase da execução, todas as mudanças propostas são implementadas, o que pode envolver novas tecnologias e ferramentas, treinamentos para colaboradores e reestruturação de atividades.

Uma boa prática é implementar um novo processo apenas para uma pequena parte da sua equipe. Assim, é possível resolver qualquer problema antes de apresentá-lo à empresa toda.

5. Monitoramento

O monitoramento e controle de processos é uma etapa importante e constante dentro do BPM. A empresa precisa acompanhar as equipes e indicadores previamente estabelecidos para avaliar sua performance. Os processos ficaram melhores? Estão mais padronizados? Isso gerou um aumento ou redução de custos?

Com essas respostas, o monitoramento possibilita pensar em novas estratégias para melhorias e garante se tudo está correndo conforme planejado.

6. Melhoria

Uma regra importante do ciclo BPM é que os processos devem estar sempre em estado de melhoria contínua. Ou seja, eles devem ser continuamente analisados e atualizados conforme novas necessidades da empresa ou do mercado. Se atente aos dados e realização das metas, compare resultados e garanta que os processos estejam alinhados ao propósito da empresa.

Fases adicionais que podem fazer parte do ciclo BPM

As fases que falamos acima são etapas clássicas e tradicionais do ciclo BPM, mas o processo não precisa ficar restrito a elas. Tendo em vista que cada empresa possui necessidades específicas, existem outras fases que podem ser adicionadas para que os processos que entreguem o resultado esperado no menor tempo possível, exigindo a menor quantidade de recursos.

Mapeamento de processos

O mapeamento de processos é o ato de criar um diagrama de fluxo de trabalho com o objetivo de conseguir uma visão mais clara de um processo e seus processos paralelos. Ele tem como finalidade compreender os procedimentos adotados pela empresa para alcançar um produto final. Além disso, serve para viabilizar otimizações e adaptações, documentar suas operações e padronizar as rotinas em prol de melhores resultados.

Para um mapeamento de processos mais rápido e efetivo, experimente usar um BPMS ou uma ferramenta de automação de processos. 

Análise de processos

A análise de processos deve ser feita junto com a etapa de planejamento. Ela é importante para entender como os processos estão sendo feitos, quais são os gargalos mais comuns e se os procedimentos então atingindo os objetivos esperados.

Nessa etapa, busque responder perguntas como:

  • Quais são meus processos e como está a performance de cada um deles?
  • Quais processos devem ser melhorados?
  • Qual é o objetivo dos processos da empresa?
  • Quais ferramentas são usadas?

Automação de processos

Automação de processos é uma etapa chave no BPM. Ela consiste na execução em série de tarefas repetitivas e manuais que integram processos por meio de uma ferramenta tecnológica (software de automação), de forma coordenada. Assim, a plataforma agiliza o cumprimento de tarefas simples e minimiza erros e riscos.

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Padronização de processos

A padronização de processos trata da organização e formalização dos procedimentos executados pelos colaboradores de uma empresa com o objetivo de estabelecer regras e parâmetros repetíveis para as tarefas. 

A padronização de processos deve ser sempre um objetivo nas empresas. Alguns dos seus benefícios são:

  • Redução de falhas e retrabalho;
  • Cumprimento de prazos;
  • Resultados consistentes;
  • Maior previsibilidade.

Arquitetura de processos

A arquitetura de processos é uma prática para criar uma visão sistêmica da empresa, identificando todos os processos e atividades realizadas e relacionando-os com a geração de valor para os clientes e objetivos estratégicos. 

Ela proporciona maior entendimento do funcionamento dos negócios, serve como um guia para o planejamento do ciclo BPM e contribui para uma gestão de processos efetiva. Essa arquitetura é uma importante etapa da gestão de processos.

Desenho de processos

O desenho de processos consiste em uma representação visual ou gráfica sobre os fluxos de trabalho e demandas a serem seguidas em determinada operação. O desenho de processos pode ser feito por meio de:

Transformação de processos 

A transformação de processos é o desenvolvimento de mudanças em processos para melhorar a performance dos mesmos e da empresa como um todo. Existem diversos níveis de transformação, que vão desde pequenos ajustes até alterações totais no funcionamento do processo. 

Como a maturidade de processos da sua empresa afeta o ciclo BPM?

A maturidade de processos mede a capacidade que uma empresa tem de definir e controlar seus processos. Essa maturidade é crucial para avaliar a “saúde” dos negócios, principalmente sua eficiência em administrar as atividades que geram valor para a empresa. 

Seguir a metodologia do ciclo BPM implica em ter processos melhores, o que está diretamente ligado à maturidade de processos. Processos bem projetados e executados incentivam a proatividade e a colaboração, aumentando a satisfação do cliente, a eficiência no uso de recursos e a qualidade do produto final.

Uma empresa com alto nível de maturidade de processos e que mantém uma cultura de seguir o ciclo BPM documenta seus processos de forma clara, padronizada e abrangente, permitindo que os colaboradores os entendam e os cumpram com precisão e consistência.

Benefícios de implementar o ciclo BPM

A implementação do ciclo BPM traz diversos benefícios para as empresas, como a padronização e melhoria contínua de processos, maior produtividade e redução de erros. Saiba mais sobre eles: 

Melhoria contínua dos processos

A melhoria de processos contínua é uma estratégia que empresas devem adotar para acompanhar seus processos de negócio, aprimorando a qualidade e eficiência de sua atuação. Essa mentalidade focada em aumentar a produtividade, melhorar as entregas e otimizar a capacidade de todos os processos é necessária para atingir a excelência operacional.

A melhoria contínua é justamente um dos pilares do ciclo BPM e sua natureza de otimização constante.

Maior produtividade

O ciclo BPM ajuda empresas a encontrarem maneiras de tornar seus processos mais confiáveis e eficientes, aumentando a produtividade dos departamentos de forma geral. Além disso, ele diminui erros e retrabalho, o que consequentemente torna o trabalho mais produtivo. 

Esse método torna a rotina dos colaboradores mais fluida e menos estressante, já que proporciona visibilidade e processos bem definidos. Isso resulta em maior produtividade das equipes em suas tarefas individuais.

Redução de desperdícios e erros

O ciclo BPM padroniza e otimiza processos, o que significa mais visibilidade e controle, e consequentemente, menos desperdícios de recursos e erros. Processos mais eficientes podem ajudar a economizar mais de 6.500 horas por ano. Isso por si só representa uma grande redução de custos operacionais, por exemplo. A automação, por sua vez, elimina erros humanos.

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Como falamos em algumas partes desse texto, a tecnologia pode ser uma grande aliada na implementação do ciclo BPM. O Pipefy, por exemplo, é um software de gerenciamento de processos que promove visibilidade, controle, padronização, automação e otimização de todos os seus processos.

O sistema conta ainda com formulários online, templates de processos prontos para usar, portais de documentos, relatórios instantâneos, Inteligência Artificial, análise de dados e muitas outras funcionalidades que vão ajudar seu time a alcançar todo seu potencial.

É uma ferramenta que dá autonomia a toda a equipe, permitindo automatizar processos de rotina com uma abordagem no-code, ou seja, sem a necessidade de conhecimentos técnicos em programação.

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